Quem me conhece sabe o quanto questiono sobre o comportamento do consumidor. Sim, do comportamento de todos nós, pois uma vez vivendo numa sociedade capitalista, somos capitalistas. Não adianta tentar ser diferente, é mais conveniente mudar de lugar!
Tudo é consumível (se é que existe tal palavra) numa sociedade do consumo. Inclusive ar. Ouvi dizer que uma pessoa, muito empreendedora por sinal, passou a engarrafar o ar de Curitiba e vender o tal "ar puro" no aeroporto e na rodoviária. O mais incrível é que ele vendeu! Isso ocorreu numa época em que a cidade estava com a bola toda como sendo uma das melhores para se viver, com maior qualidade de vida e tal.
Para mim, o maior símbolo desse consumismo são os shoppings, ou centros de compras se preferir. Um grande espaço coberto com centenas de lojas, "praças", lazer e restaurantes concentrados. O que se faz num lugar desse? Compras! É impossível ir ao shopping sem gastar um centavo, primeiro que só pra você chegar lá são R$ 4,00 de estacionamento (preço médio aqui em Curitiba), ou R$ 2,10 de ônibus. É uma cidade dentro de uma cidade, e como tal também tem seus problemas.
Sem perder o foco, gostaria de destacar uma situação muito comum nos shoppings, a praça de alimentação. Com muito esforço, é possível encontrar um lugar que venda comida de verdade (não considero fast-food comida) a um preço decente. Mas o mais importante, lugar para comer. Sim meu povo, é uma luta encontrar uma mesa vaga para você se sentar e comer sossegado aquela comida feita sem amor (rs). Ora as mesas estão ocupadas com as pessoas (dert, óbvio), ora estão ocupadas com bandejas (???). Sim, bandejas sujas e com restos de comida. MEU DEUS, qual é a dificuldade de levar a bendita bandeja que VOCÊ utilizou na mesinha de bandejas? Vai doer? Vai matar? Não, as pessoas, por increça que parível, acham que é humilhante, não é serviço para elas e blá, blá, blá... Se todo mundo retirar as bandejas que utilizou, liberando a mesa que ocupou mais rapidamente, ajudamos a agilizar a vida de muita gente, a começa de nós mesmos! O tempo que passearíamos pela praça de alimentação com uma bandeja cheia de comida ruim diminuiria e deixaríamos de ser pessoas arrogantes e inferiores, pois quem pensa que é humilhante, trabalho indigno e sei lá mais o que recolher as bandejas, são sim, seres inferiores, de mente pobre e espírito de porco (com todo o respeito pelo porco!).
Pronto, feito meu desabafo, voltemos ao consumo. O brasileiro (e não só ele, mas não poderia falar de outra nacionalidade com tanta propriedade quanto a brasileira) tem uma dificuldade extrema em exigir seus direitos. A não ser que seja um estudante de direito, ou mesmo um bacharel em, as pessoas em geral não sabem como exigir seus direitos como consumidor. Certa vez comprei uma caixa de bombons com um bombom mal embalado. Liguei na empresa e relatei o fato, e meu colega de trabalho me chamou de barraqueira.Dizia "onde já se viu, por causa de um bombom!". O fato é que não se trata de um bombom, trata-se de seus direitos! Comprei uma caixa e quando o fiz, esperava por todos eles! Não liguei na empresa xingando ou coisa do tipo, foi uma forma dela se cuidar também, e como agradecimento recebi em menos de dois dias outra caixa de bombom! A empresa ganha, eu ganho e todos ficam satisfeitos.
Falta-nos a educação para cidadania, para atuar na sociedade e fazer a diferença. Pessoas, é ano de eleição, e uma das mais importante, pois escolheremos governadores, senadores e presidente! Faz muita diferença escolher com prudência! O país tem crescido a olhos vistos, e para que isso continue é essencial que tenhamos consciência de nosso papel na sociedade. Lembrem-se, urna não é pinico!
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